quinta-feira, 22 de setembro de 2011


A Claridade

Eu estava indo para o hotel com os meus pais, estávamos fazendo uma viajem de férias. Fomos para uma cidadezinha bem simples, meus pais não gostam muito de luxo, por isso que às vezes eu penso se sou realmente filha deles. O hotel estava praticamente vazio, se tinha dois casais e um adolescente lá era muito, e os móveis eram meio velhos. Meu pai foi no balcão para pegar a nossa chave, subimos rapidamente porque estava chovendo muito e relampeando também. Eu, como uma boa leitora, fui à biblioteca do hotel e lá tinha livros muito velhos, cheios de poeira que parecia ter séculos que ninguém entrara lá. De repente um trovão fez um estrondo enorme e as luzes começaram a piscar, eu sai depressa da biblioteca e dei de cara com uma mulher pálida com trajes que pareciam da idade média. Ela olhou para mim com uma cara sinistra.

“Menina, você não devia ficar andando pelo hotel a essa hora da noite, agora é hora de outras coisas vagarem por ai.”-disse a mulher com sua cara estranha.

“Desculpe-me, eu só estava indo à biblioteca para pegar um livro.”-eu disse

“Se você quer saber de histórias boas, está indo ao lugar errado”. -disse ela virando-se para o corredor da sala de entrada.

“Onde então posso encontrar histórias boas?”. – Não resisti, sou uma leitora compulsiva, saber histórias era minha vida.

“Venha comigo”.

Essa mulher estranha me levou a uma sala afastada dos quartos de hospedes, era um quarto todo branco e com pouca iluminação, e lá tinha uma senhorinha sentada em uma cadeira, olhando pela janela.

“Jane tem visita. A menina quer saber a história”-disse a mulher estranha para a senhorinha.

A mulher me mandou sentar do lado da senhorinha e foi então que eu percebi que ela tinha marcas de queimadura em sua pele.

“Vamos lá menina bonita, você tem que ser corajosa para ouvir essa história, depois que passa a conhecê-la, ela vai ficar junto de você”-disse a senhorinha com um rosto de dar medo.

“Contar-lhe-ei a história de uma menina que aqui morava. Há muitos anos atrás, esse hotel era uma casa de luxo de uma família rica, o casal tinha dois filhos, a menina Emilly e o menino Steve. Eles tinham uma vida muito boa, os dois tinham tudo o que queria, a família poderia ser considerada perfeita, mas como nada na vida é invejado, havia um irmão da Mãe das crianças que morria de inveja dela, pois ela sempre foi a filha que teve tudo. Então, esse irmão impiedosamente colocou fogo na mansão com todos dentro. O casal e o menino conseguiram fugir, mas a menina Emilly estava dormindo e morreu incendiada em seu próprio quarto. Esse foi um dos casos mais falados na época, o irmão foi preso, mas o casal não podia recuperar a vida de sua filhinha. Esse foi o hotel que foi construído em cima da casa em que Emilly morreu e dizem que ela anda pelo corredores querendo brincar com as pessoas e ela não é muito fã de claridade.”

Cada fio de cabelo da minha pele estava arrepiado, aquela senhorinha estava me deixando apavorada, mas eu sei que essas coisas não existem e não havia nada com que temer.

“Cuidado menina, quando a gente desacredita nas coisas, ai mesmo que elas aparecem para mostrar que são reais”. – disse ela para me colocar medo.

Sai bem depressa de lá, eu estava com medo mais daquelas moças do que a história bizarra que a senhorinha me contou. No dia seguinte o clima ainda continuava chuvoso e eu como sempre acordei bem tarde, estava andando no corredor até que me deparei com uma menina com cabelos claros e cacheados e um vestidinho lindo no final do corredor.

“Olá pequena, o que você faz sozinha aqui?”-perguntei com o meu jeito simpático de ser

“Olha, não era eu que devia estão sozinha nesse momento, mas já que estamos aqui... Você que brincar?”-perguntou ela com um olhar misterioso.

Assim as luzes do corredor começaram a piscar e eu vi ela se aproximando de mim, eu estava sentindo algo queimando dentro do meu corpo, mas não havia nada perto de mim, o clima estava muito frio, porque eu estava queimando?”.

“Vamos ficar mais quentinhas para poder brincar melhor. Você é minha nova melhor amiga”.

Aquilo que eu estava sentindo, ficava cada vez pior e era um ardente agonizante, foi ai que lembrei que eu tinha uma lanterna no meu bolso caso houvesse um apagão como a TV estava prevendo. Fiz um esforço enorme para conseguir alcançar o meu bolso, mas consegui pegar a lanterna.

“Vamos fazer do meu jeito, que tal uma luzinha”. – falei com dificuldade.

Assim a menina desapareceu em um piscar de olhos, e eu nunca mais voltei num hotel. Agora acredito que existem coisas que humanos não conseguem explicar e é melhor acreditar-mos, se não eles viram atrás da gente. E agora? Você tem certeza que irá apagar a luz do seu quarto? Emilly estará te esperando para brincar.

Cemitério dos vivos

Eu estava em casa me arrumando para ir ao meu tanto esperado baile de formatura, era a despedida do meu último ano no colégio, tinha tudo para ser perfeito. Vasculhei todo o meu armário procurando a bendita flor de pulso que o meu namorado Josh tinha me dado, às vezes eu acho que ele é a mulher da relação, sempre mais delicado e organizado do que eu. No meio da bagunça do meu armário o telefone toca.

- Agora para achar essa coisa no meio dessa bagunça vai ser terrível.

Consegui achar o telefone, era o Josh.

- Oi amor, tudo bem com você? – disse eu com a voz mais meiga que conseguia fazer

- Oi minha princesa, tudo. Já estou chegando na esquina da sua casa com a limusine, essa noite está prometendo muito. – disse ele animado

- Ok, já estou pronta, vou descer.

Era mentira, ainda faltava colocar a flor no pulso, encontrar o meu sapato. A campainha tocou, consegui colocar tudo em menos de 10 segundos, isso era um novo Recorde. Abri a porta e Josh estava com o mais perfeito Smoking da face da terra, preto com a flor rosa no bolso combinando com meu vestido.

- Tenho a maior sorte do mundo, conquistei a garota mais gata do colégio. – disse ele admirado.

- E eu tenho certeza de que conquistei o cara mais gato de todo o mundo. – disse eu sorrindo.

Ele me abraçou e me girou, depois nos beijamos. Minha mãe como sempre tradicional nos obrigou a tirar aquelas típicas fotos de formatura. Depois que conseguimos nos livrar dela, fomos para a limusine a caminho do baile. Chegando lá encontramos nossos melhores amigos, Zack e Amber com Jeremy e Lindsay nos esperando na porta. Como nossa escola não tinha nenhum salão especial, organizaram o baile na quadra, o tema era cassino, todos estavam muito bem vestidos, mesas de pôquer espalhadas em todo lugar, a decoração toda vermelha, branca e verde, aquele lugar estava parecendo mais um filme do James Bonde. Nunca pensei que uma quadra de esportes poderia virar um lugar tão magnífico.

- Essa vai ser a noite do ano – disse Amber com entusiasmo

- Nunca vamos esquecer desse dia, a transição de meros adolescente de ensino médio, para alunos adultos de faculdade. – disse Jeremy

- Tudo está tão bonito, não sei como aquele diretor lerdo conseguiu organizar tudo isso – disse Zack debochando.

- A única coisa que me interessa hoje é ganhar a coroa de rainha do baile, vamos combinar que sou a mais bem vestida daqui – disse Lindsay convicta.

Por um lado era verdade, ela mandou o seu vestido ser feito pelos melhores estilistas que seus pais tinham contato, e por outro lado também o seu dinheiro ajudava bastante.

- E então pessoal, vamos ficar de falatório ou vamos curtir a festa? - perguntei a todos

Eles se entreolharam e fomos para a pista de dança. Dançamos todos os estilos musicais, fomos do pop a valsa. Os meninos saíram para pegar um ponche para nós, esperamos sentadas na mesa, acho que nenhuma menina agüenta ficar em cima de um salto por muito tempo, tirando a Lindsay, aquela deixa o pé sangrar mais não desce do salto. Avisei as meninas que iria ao banheiro, quando me deparei com uma cena. O banheiro ficava perto do bar, onde eu tinha a visão perfeita dos meninos e vi-os batizando nosso ponche.

- Hoje tem pessoal, não vejo à hora – disse Jeremy.

- Acho que não isso não é certo pessoal, as meninas deveriam fazer isso com a gente só quando elas quiserem e não por estar batizadas. – disse Josh com a voz de preocupação.

- Que nada rapaz, no dia seguinte elas vão nos agradecer – disse Jeremy.

Sai correndo mais não tive tempo de chegar à mesa antes deles, aquele salto estava me matando. Entregaram-nos a bebida, eu disfarcei e não bebi o tal ponche, mas infelizmente não consegui avisar as meninas e elas beberam tudo. Depois de certo um tempo, percebi que Lindsay e Amber já estavam alteradas e eu tinha que fingir também, eles tinha que acreditar que eu havia bebido aquele ponche.

- E ai meninas o que vocês acham de irmos para um lugar mais reservado – disse Zack

Eles concordaram e eu não pude deixar de ir. Achamos uma sala destrancada, era a sala do clube de teatro, roupas estavam penduradas em araras e os cenários também ficavam guardados lá.

- Agora sim que a festa vai começar. – Josh tentou tirar meu vestido, mas eu logo o repreendi. – O que você está pensando? Pensa que eu vou fazer algo com você só porque estou bêbada, má notícia querido, não bebi nada daquele ponche batizado que vocês deram para elas – disse eu com raiva.

Mesmo assim ele tentou me agarrar, tentei me defender o máximo que eu pude, mas Josh era Quarterback do time de futebol americano então vamos dizer que ele era bem forte. Escorreguei em umas roupas que estavam no chão e bati com a cabeça na ponta da mesa de madeira que estava atrás da porta.

- Cara, olha o que você fez – disse Zack abismado.

- Parece que ela está morta, o que vamos fazer agora? – Perguntou Amber nervosa.

Eles procuraram algum esconderijo dentro da sala, e avistaram um baú com o cadeado aberto.

- O único lugar que temos para escondê-la, não podemos ser pegos sob nenhuma circunstância, nosso futuro está acabado se isso acontecer. – disse Lindsay com a voz trêmula.

- Vamos colocá-la no baú e sair daqui o mais rápido possível. – disse Jeremy

Pegaram o corpo de Megan e trancaram no baú, nunca iriam imaginar que ela estava apenas desmaiada. Quando a pobre garota acordou, lutou como pode para sair daquele baú, mas infelizmente aconteceu uma enorme desventura.

O clube de teatro tinha ensaio para o musical da primavera, eles acharam o corpo e imediatamente ligaram para a polícia, eles fizeram à perícia e logo descobriram que a menina havia morrido asfixiada. Os seus amigos foram chamados á delegacia para depor e todos falaram que ela havia desaparecido.

- Eu não acredito que mentimos para a polícia. - disse Josh sussurrando pelo corredor da delegacia.

- Era isso ou ser presos, eu prefiro viver com a culpa – disse Zack.

Um ano se passou e todos foram para faculdade. Uns superaram a culpa até cedo demais, mas Josh sempre ia ao túmulo de Megan se desculpar, ficou com peso na consciência, pois foi ele que a empurrou. Todos os ex-alunos foram convidados para um reencontro na antiga escola para comentar como estava sua vida de universitário. Os amigos de Megan ficaram sozinhos na sala, esperando os outros, mas depois de um tempo perceberam que não havia outros.

- Pessoal, sou só eu ou vocês também estou sentindo um calafrio? – disse Amber com uma pitada de medo em sua voz.

- Não, também estou sentindo algo estranho – disse Jeremy.

Até que todas as luzes de apagaram e o ambiente começou a ficar quente, todas as portas se fecharam com tal força que quase quebraram. As cadeiras foram jogadas contra a parede e um vento quente começou a tomar a sala. Até que todos viram a mesma coisa.

- E ai amigos, como vocês andam? Bem eu espero. Pena que não posso dizer o mesmo – disse Megan com fúria na voz.

- Megan, não fizemos por querer, você escorregou e não podíamos assumir o crime – disse Amber.

- Me desculpe por tudo meu amor, eu não deveria ter forçado você a fazer o que não queria – disse Josh quase chorando.

- Agora você me pede desculpas, não acha que é tarde demais? – disse Megan com firmeza

- O que você quer? Fazemos de tudo para vocês nos deixar em paz – disse Jeremy

- A única coisa que eu quero é vingança, quero todos vocês juntos comigo. – disse Megan sorridente.

- Megan, o que você vai fazer? Não faça nada de que se arrependa depois. – disse Zack.

- Eu não tenho mais sentimentos, estou morta lembra? – disse Megan.

A cortina começou a pegar fogo, todas as portas e janelas estavam trancadas, não tinha para onde fugir. Zack, Amber, Jeremy e Lindsay ouviram uma última palavra.

- Nunca iria conseguir viver sem vocês, a propósito... Amigos para sempre não é? – disse Megan com uma voz contente.

Toda a escola pegou fogo. Os bombeiros não conseguiram achar o foco do incêndio e os pais e parentes dos jovens desaparecidos nunca encontraram seus corpos.


Tempos Modernos

Hoje foi um dia bem divertido na escola, eu não sei como eu consigo falar isso, acho que sou a única garota de 16 anos que gosta de estudar, mas um dos melhores motivos que tenho para ir a escola é que posso ficar com o Jake quase que o dia inteiro. Considerando que ele praticamente mora na minha casa, vamos dizer que nos vemos frequentemente... Não que meu pai goste disso.

- Bella, temos que conversar sobre o Jacob. – disse Edward com uma voz firme

- Porque Edward, ele fez algo de errado? – disse Bella preocupada

- Não, só acho que Reneesme passa mais tempo com ele do que com os seus pais ou sua família.

- Acho que você está esquentando a cabeça com nada, ela é apenas uma adolescente, dexei-a viver a vida. – disse Bella tentando convencê-lo

- Isso que me preocupa, conheci você na adolescência e seu muito bem de seu comportamento, espero que nossa filha tenha puxado a você nesse ponto. – disse Edward sorrindo.

Depois da escola eu costumava ficar muito no jardim da nossa casa. Normalmente jogava com o tio Emmet, eu sempre ganhava dele, mas ele nunca assumia. Quando Jake chegava, ele ia embora.

- Hey Jake, como você está? - disse eu animada

- Estou bem Nessie, e você? – disse ele sorrindo

- Tirando o fato de sempre ganhar do tio Emmet e ele nunca assumir, estou bem.

- Então você joga hã? Quer disputar algo? – disse ele com uma expressão de convidativa.

- Você sabe que eu não resisto a um desafio – disse eu

Ensinei para ele um jogo que eu e meu pai tínhamos inventado, obvio que não contei nenhum das melhores táticas para vencer, sei isso poderia ser injustiça, mas fazer o que não é. Independente de saber técnicas ou não, Jake era rápido e aprendia muito fácil as coisas, logo entendeu as minhas técnicas e podemos dizer que começou a bloquear meus movimentos, até que eu tropecei e cai em cima dele.

- Você roubou isso não vale - disse ele com o rosto a menos de um palmo de mim.

- Vale sim de acordo com as minhas regras – disse eu com um sorriso malicioso

Então nos aproximamos e nos beijamos como sempre o beijo do Jake era o melhor do mundo, não que eu tenha ficado com outros meninos, mas acho que com o Jake era uma coisa diferente. Seus lábios tocavam os meus com tal leveza que parecia que eu estava nas nuvens. Ele me jogou para baixo dele e continuamos a nos beijar, eu vinha sonhando com um momento desses há um tempo, eu queria realmente estar com ele, eu gostava muito dele, era uma coisa que eu não conseguia controlar. Joguei-o contra a árvore e passei a mão por dentro de sua camisa, sentir seu corpo nos meus dedos era a melhor sensação do mundo. Eu estava tendo o possível “Melhor momento da minha vida” até que...

- Reneesme e Jacob, o que vocês pensam que estão fazendo? – disse meu pai furioso.

- Minha filha, eu não posso acreditar no que estou vendo. – disse minha mãe com uma voz de decepção

- Mãe, Pai, não é nada que vocês estão pensando – disse eu com a voz tremula.

- Poderia não ser o que nós estávamos pensando, mas sei muito bem o que se passava na cabeça de Jacob. – disse meu pai aflito

Percebi que o único jeito era contar a verdade para eles, pedi a Jake que ele fosse para casa e depois conversávamos. Tive “aquela” conversa com mamãe e papai, eles me alertaram sobre tudo e eu prometi que seria muito responsável.

- Sabia que isso algum dia iria acontecer, mas não esperava que fosse logo com o Jacob – disse meu pai.

- No fundo você sabia sim, mas só não queria acreditar. – disse minha mãe

- Não acredito nisso, ela saiu perfeitamente igual à mãe. Teremos que dar um jeito nisso – disse meu pai sorrindo

- Não do mesmo jeito que você resolveu o meu não é – disse minha mãe com um sorriso no rosto.

E assim os dois foram para o quarto. Acho que as coisas comigo iriam funcionar um pouco mais rápido, a propósito... Estamos em tempos mais modernos não concordam.

Sonhando com Contos de Fadas

“E assim, o Príncipe e sua amada viveram felizes para sempre”.

Eu amo ler livros de contos de fadas, só assim eu consigo fugir dessa realidade terrível aonde os meninos só querem saber de se aproveitar das meninas. Na minha escola você só vê os meninos falando da beleza das meninas, e nunca falam da personalidade delas ou como elas são bonitas. Para eles só bastam à beleza e ter a traseira bem avantajada. Mesmo assim eu não consigo parar de gostar desse ser estranho que são os meninos, na verdade eu era apaixonada por um da minha escola, o Henrie. Ele é um garoto do clube do coral, e não era cercado por muitas meninas, mas só uma delas já era o suficiente, a Jolie.

“Amiga, como eu vou conseguir chamar atenção dele” – eu disse para a minha amiga Carllie enquanto andávamos nos corredores da escola.

“Milly, você faz parte do clube do coral, com certeza ele já te notou.” – disse ela me animando.

“Duvido, ele e a Jolie são sempre os principais, eu sempre fico lá no fundo e acho que ele nem sabe que eu existo.”

“Ah amiga, desculpa te falar, mas o coral só tem 10 pessoas no máximo, ele TEM que ter te notado. Já sei! Tente fazer um solo no coral, eles sempre te pedem, mas você nunca fez, essa é a sua oportunidade de conquistar ele com a sua voz.”

“Acho que você tem razão, vou investir nessa idéia.”

A partir daí, corri na sala do prof. Robert e perguntei se podia fazer o solo que eu estava devendo na semana que vem, e ele concordou então eu comecei a ensaiar desesperadamente, tinha que ficar perfeito. A semana passou rápido demais e de repente já era a hora “H”

“Amiga, hoje é o dia, ou é tudo ou é nada.” – eu disse com um sorriso enorme no rosto.

“Vai com tudo amiga, você arrasa!”

“Deseje-me sorte e torça por mim”

Então entrei na sala do coral e todos os membros do clube estavam lá sentados só esperando a minha entrada. Quando vi a cara do Henrie fiquei apavorada, e quando olhei para a cara da Jolie ela estava com uma cara não muito boa. Mesmo assim tomei coragem e fiz o meu solo. Cantei a música My life Would Suck Without You da Kelly Clarkson.

“Hey, Milly né”? “Eu nunca tinha reparado como você cantava tão bem” - disse ele depois da minha apresentação

“Ah, obrigada” - eu não sabia se ficava feliz ou com vergonha por ele está falando comigo.

“É, pena que a sua canção/indireta não serviu para muita coisa. Eu e o Henrie estamos saindo. Tente na próxima.”- disse Jolie com rigidez.

É, agora estou eu de volta ao meu quarto e aos meus livros, me parece que até na realidade temos príncipes encantados e bruxas más. E dessa vez eu fui apenas uma pequena moça perdida que caiu de seu cavalo em busca de seu amor. Vamos encarar que nem tudo nessa vida é um conto de fadas.

A outra visão do mundo

Eu estava sentada no meu quarto, estava em dúvida. Como o amor pode afetar as pessoas tão forte assim, a dúvida entre Edward e Jacob estava me corroendo por dentro, mas a escolha tinha que ser feita e eu tive que decidir. Liguei para os dois me encontrarem na floresta que tinha atrás da minha casa.

“Olha, eu amo muito os dois e vocês não sabem o quanto essa decisão foi muito difícil para mim, mas eu tive que escolher.” – eu disse com lágrimas nos olhos.

“Eu escolho o Jake.” – uma parte de mim estava feliz e a outra estava em pedaços

“Bella, você sabe que nós nos amamos muito, por que você o escolheu ao invés de mim?” – disse Edward com uma voz triste.

“Edward, você tem que entender que o Jacob é o melhor para mim e para todos os meus amigos e familiares, eu não quero passar a vida vendo as pessoas que eu amo tanto morrerem.”

“Tudo bem então, a escolha foi feita.”- disse ele com rispidez.

Assim Edward sumiu num piscar de olhos, assim pude ter um tempo a sós com o Jake.

“Graça a Deus Bells, você escolheu a pessoa certa. Eu sou o único que posso te dar tudo, e te garanto que você dera a pessoa mais feliz do mundo.” – disse ele com a felicidade transparecendo em seu rosto.

“Eu sei Jake”- disse eu.

Assim, ele me abraçou e depois nos beijamos por alguns minutos. Uma coisa que eu gostava era dos beijos do Jacob, ele era extremamente quente, nos dois sentidos. E por ai a vida foi se passando e hoje em dia temos uma filha linda e eu não podia estar mais feliz com a escolha que eu fiz. Em uma tarde, eu comecei a ouvir sons estranhos atrás da casa e fui lá ver.

“Olá Bella”- Edward disse

“Oi, Edward. O que você está fazendo aqui?”

“Só venho aqui para ver se está tudo bem com você”- disse ele com um meio sorriso.

Eu ouvi ruídos atrás da casa que moro com Jacob em La Push. De lá saiu uma mulher maravilhosa e uma criança, que aparentava ter a idade de minha filha.

“Quem são Edward?” – perguntei curiosa

“Como você, o escolheu eu tive que seguir meu caminho, e assim encontrei a minha esposa Zohar e esse é o meu filho.”

Der repente minha filha saiu ao meu encontro no quintal e deu de frente com o filho de Edward, e ela o encarou por um bom tempo, eu sabia o que estava acontecendo e Edward também sabia. A partir daí os nossos destinos foram juntados e tivemos que lidar com a diferença entre as famílias por causa do amor de nossos filhos.